Palácio Rio Negro é referência na história do Amazonas

Sábado 25 de Fevereiro de 2012

O palacete foi construído no início do Séc. XX e já recebeu Governadores, Chefes de estados e outras personalidades importantes para o Estado


Yago Ferreira - jornalismo@portalamazonia.com


MANAUS – A época da borracha foi uma das fases mais prósperas para o Estado. Símbolo desta era é o Centro Cultural Palácio Rio Negro (CCPRN). Hoje é um patrimônio cultural do Estado do Amazonas, mas o lugar, com mais de um século de vida, já foi usado de diferentes maneiras. Governadores, Chefes de estados e outras personalidades importantes já passaram pela Mansão. Atualmente, ele é aberto para visitação pública de segunda a sexta, das 9h às 14h.




O Palácio tem mais de um século de existência. Foto: Divulgação/SEC


A obra centenária é uma ótima opção para quem quer conhecer da história da região, e conhecer um mundo cultural inteiramente rico. Durante as visitações, as pessoas são acompanhadas por instrutores bilíngues podem conhecer as salas que homenageiam os antigos governadores amazonenses, as exposições existentes e ainda têm acesso ao Mirante, onde podem ter uma vista privilegiada de Manaus, enxergando a beleza das árvores em meio ao progresso da cidade, o Parque Senador Jefferson Pérez e o próprio Rio Negro também estão no alcance de quem resolver subir à Torre.

As Seguintes salas estão no tour de visitação:

Sala Governador Silvério Nery
O espaço de 24m² também é conhecido como sala VIP. A sala é utilizada quando o governador atuante recebe visitas oficiais de autoridades.

Sala Governador Antônio Bittencourt
O local de 37m² é reservado a exposições temporárias de artes plásticas, fotografias, pinturas, esculturas, desenhos e instalações.

Salão Nobre Governador Pedro de Alcântara Bacellar
Com uma área de 62m², o Salão Nobre se transformou em uma sala multimídia destinada a espetáculos de música, palestras e reuniões oficiais, podendo ser adequada de acordo com a proposta do evento.

Sala Governador Ephigênio Salles
Com a pequena disposição de 16m², a saleta também é destinada a exposições temporárias de fotografias, pinturas e esculturas.

Sala Governador Eduardo Ribeiro
A área de 46m² é destinada a uma exposição permanente composta pela mobília da época de estilo manuelino. É também usada como gabinete despachos do Chefe Executivo Estadual.


A obra é uma ótima opção para quem quer conhecer da história da região. Foto: Divulgação/SEC


Sala Governador Jonathas Pedrosa
A sala de 24m² mantém uma exposição permanente de fotos dos governadores do Estado do Amazonas.

Sala Governador Álvaro Maia
Conhecida também como Sala Memória, com um espaço de 40m², abriga uma mostra permanente com mobiliário antigo em estilos manuelinos, português e inglês.

Sala Governador Leopoldo Neves
Em 21m², uma exposição de mobília imperial com peças de estilo oriental compõem a decoração enquanto o palácio foi sede do Governo e residência oficial dos chefes de estado.

Sala Governador Plínio Coelho
Nos poucos 18m² de área, a exposição “O Poder Executivo nas Constituições do Estado” retrata as constituições criadas ao longo da história e suas conseqüências no poder executivo do Amazonas.

Sala Governador José Lindoso
Com 21m² à disposição da exposição permanente “Símbolos do Estado do Amazonas”, o espaço destaca os emblemas estaduais em painéis de leitura de forma didática.

O Palácio Rio Negro também pode ser disponibilizado para eventos. O Salão Nobre, as Varandas inferiores e superiores e os jardins estão na lista dos locais disponíveis para serem locados.

A história de um palácio
O Palacete Scholz, como inicialmente foi chamado, foi construído em 1903 para servir de residência particular do comerciante alemão de borracha, Karl Waldemar Scholz. Os negócios do Sr. Scholz foram interrompidos a partir de 1911, devido à concorrência de produção gomífera na Ásia e também com a interrupção das linhas de navegação entre Manaus e Hamburgo, causada pela 1ª Guerra Mundial. Na tentativa de salvar sanar dívidas, ele hipotecou o palacete em 400 contos de réis ao seringalista Luiz da Silva Gomes. Posteriormente, Luiz arrematou o palácio em leilão.


Governadores, Chefes de estados e outras personalidades importantes já passaram pela Mansão. Foto: Divulgação/SEC

Primeiramente, o palácio foi alugado ao Estado durante o governo do Dr. Pedro de Alcântara Bacellar. Mas só foi em 1918 que ele passou a ser chamado de Palácio Rio Negro, quando o governador o adquiriu por 200 contos de réis. Mais tarde, de 1918 a 1959 o local serviu de Sede do Governo e de residência dos governadores. Em 1980, foi tombado como patrimônio histórico, sendo reformado e restaurado. Em 1997, devido à sua beleza e relevância arquitetônica, foi transformado em Centro Cultural pelo Governo do Amazonas.

Confira a Galeria de Imagens do Palácio Rio Negro:


Palácio Rio Negro. Foto: Divulgação/SEC

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