Mãe denuncia babá por maus-tratos contra bebê de apenas cinco meses

DANIELA MELLER
Boa VIsta - A babá Maria da Graça dos Santos, 44, vai responder criminalmente pelos supostos maus-tratos cometidos contra um menino de apenas cinco meses de idade. O caso só chegou ao conhecimento da polícia após uma desconfiança da mãe da criança, a nutricionista R.A.S.M., 30, que resolveu instalar câmeras de segurança na residência, localizada no bairro Caçari.

Conforme relatos feitos pela mãe da vítima, no Plantão Central II, no prédio da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Maria da Graça foi contratada há cerca de dois meses por indicação de uma amiga.

O que muda no Bairro São Raimundo após inauguração da ponte sobre Rio Negro

MANAUS- Há 35 anos as balsas transportam pessoas, mercadorias e veículos do Porto do São Raimundo, zona Oeste de Manaus, para os municípios de Manacapuru, Iranduba e Novo Airão. Em média, 4 mil carros saem todos os dias do porto. Aos finais de semana esse movimento dobra. Por causa disso, alguns usuários chegam a esperar 4 horas na fila de carros para embarcar nas balsas. Mas essa realidade pode mudar, graças à construção da Ponte sobre o Rio Negro.

O Portal Amazônia conversou com os usuários e trabalhadores do local para saber qual a opinião deles sobre essa mudança.

Para os passageiros que não possuem carro, o transporte pela ponte diminuirá drasticamente o tempo de viajem. O agricultor Nonato da Cunha, 48,  morador do município de Iranduba, vem a Manaus três vezes por semana para comprar alimentos. Nonato costuma esperar até seis horas para atravessar o rio. “Com  a inauguração da ponte vamos poder encurtar esse tempo de viagem”, disse.

Foto: Eliena Monteiro/Portal Amazônia




Os usuários que possuem veículos também reclamam do tempo de espera nas filas, principalmente aos finais de semana. O comerciante Nilton Monteiro chega a esperar 4 horas para conseguir embarcar na balsa. 

Nilton, que há sete anos faz a travessia, cria expectativas com a inauguração da ponte. “Nas balsas esperamos 3 horas  para atravessar, com a ponte vamos levar uns 15 minutos para fazer a viajem”, disse.

Além do tempo, os passageiros também reclamam das condições de viajem e da conservação das balsas. O professor Rinaldo Antônio Rodrigues, 46, utiliza o serviço diariamente. Ele leva equipamentos de informática para as escolas públicas dos municípios de Iranduba e Novo Airão no carro da Secretaria de Educação do 

Estado do Amazonas (SEDUC).  Rinaldo disse que as embarcações não possuem um ambiente higiênico e seguro para os passageiros. “Os coletes salva-vidas são tão sujos que ninguém tem coragem de usar, nos finais de semana as pessoas bebem e ficam nas janelas, correndo o risco de cair na água”, denunciou.

Nove  balsas partem do porto com destino aos municípios de Manacapuru, Iranduba e Novo Airão. Os motoristas pagam de acordo com o modelo do veículo. Os passageiros que viajam sem veículo não precisam pagar a travessia. As balsas não têm os horários de saída e de chegada definidos, assim que lotam de veículos elas partem. Mas a primeira balsa sai às 4h e a última sai às 11h30. As embarcações levam, em média, 55 minutos para chegar do outro lado do rio.

Foto: Eliena Monteiro/Portal Amazônia



Trabalhadores não temem mudanças

Apesar de saberem que as pessoas provavelmente vão deixar de utilizar as balsas e passar a usar a ponte para atravessar o rio, os trabalhadores das embarcações não temem a mudança. O comandante da Balsa 

“Boto Navegador 1”, Pedro Santos da Silva, 49, há 18 anos trabalha no porto. O comandante disse que as balsas serão realocadas e que por isso acredita que a abertura da ponte não ameaça o trabalho dos tripulantes. “Vamos para outro porto e lá teremos novos clientes. As balsas deverão passar por uma reforma e a gente vai se readequar no novo local”, disse.

Segundo a assessoria da Sociedade Navegação Portos e Hidrovias do Estado do Amazonas (SNPH) assim que ponte for inaugurada, as balsas do Porto do São Raimundo para o Porto da Ceasa. A SNPH pretende oferecer cursos de capacitação para que esses trabalhadores migrem para a área de turismo. Do Porto da Ceasa as balsas sairão para o Careiro, Nova Olinda do Norte e Autazes.

Foto: Eliena Monteiro/Portal Amazônia



Lanchas

Além das balsas, mais 22 lanchas transportam pessoas e mercadorias todos os dias para os municípios. As primeiras lanchas também fazem a primeira viajem às 4h e a última às 11h30. Os trabalhadores das embarcações acreditam que o movimento vai cair bastante, mas pretendem se readequar, migrando para o turismo, por exemplo.

PF apreende 18.700 comprimidos de novo tipo de droga em Roraima

Quinta Feira 28 de Julho de 2011

 
DANIELA MELLER

Boa Vista - As investigações que antecederam a operação Alquimia, desencadeada pela Polícia Federal (PF) através da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), levaram seis meses. E na manhã de ontem, por volta das 10h30, culminou com a prisão de duas pessoas, um brasileiro e um surinamês.

Conforme nota encaminhada pela assessoria de comunicação da superintendência, as prisões do taxista Francisco Gervânio Gomes, 37, e do surinamês Jurgen Ferdinand Bendt aconteceram após uma abordagem realizada no Posto de Fiscalização da Secretaria da Fazenda (Sefaz), localizado na ponte dos Macuxi, em Boa Vista....

Acidentes de trânsito mutilam vítimas e fazem lotar hospitais

Quarta Feira 27 de Julho de 2011 



ANDREZZA TRAJANO


Boa Vista - Além de acolhedora, simpática e arborizada, Boa Vista virou também a capital dos mutilados no trânsito. Não é difícil presenciar cenas hollywoodianas, com carros capotados em locais onde aparentemente não deveria ocorrer esse tipo de tragédia.

Os acidentes se tornaram algo tão corriqueiro em Roraima, que beira o absurdo. Seja nas rodovias federais ou nas largas avenidas de Boa Vista, os jovens, principais vítimas, estão morrendo ou ficando com sequelas para sempre.....


Procurador diz que chuva não justifica paralisação de obras

Sexta Feira 19 de Agosto de 2011



 Boa Vista - O procurador Leonardo Galiano  conversa com representantes das empresas 
O Ministério Público Federal em Roraima (MPF/RR) percorreu a BR-174 para verificar as condições de trafegabilidade e inspecionar o andamento das obras de recuperação da principal rodovia do Estado. A diligência ocorreu no início desta semana, pelo procurador da República com atuação junto ao Patrimônio Público, Leonardo de Faria Galiano, e a equipe da Controladoria Geral da União (CGU).

A obra, em execução desde março de 2010, foi dividida em quatro lotes e cada um deles tem uma empresa responsável pelo serviço. As empresas vencedoras das licitações que operam os trabalhos na rodovia são: Delta Construções S.A; Via Engenharia S.A; Consórcio Seabra-Caleffi e CMT Engenharia Ltda, responsáveis pelos lotes 1, 2, 3 e 4, respectivamente.

Durante a diligência, foi constatado que somente uma empresa, a Delta Construções, possuía maquinários e operários em quantidade compatível com o tamanho da obra. “Das empresas que executam o contrato de recuperação da BR-174, três delas, pouco ou quase nada foi visto que pudesse justificar a demora no reinício das obras, considerando que as ordens de serviços foram entregues no início de 2010. O que pudemos observar é que a execução é incipiente. Obras paralisadas e totalmente abandonadas,” relatou o procurador Galiano.

Durante a inspeção, o procurador encontrou muitos buracos na pista e verificou in loco o sofrimento dos motoristas e o prejuízo causado pela buraqueira até mesmo em veículos das empresas responsáveis pela obra, como este carro da Via Engenharia, que capotou

O procurador destaca, ainda, que mesmo após o término do inverno atípico, as obras continuam paradas. Para ele, o período chuvoso que atingiu Roraima recentemente, cujo ápice culminou com a interdição da BR-174 por conta da elevação do nível do rio Branco sobre a rodovia no trecho próximo a Caracaraí, não justifica a falta de avanço nas obras de recuperação, bem como a ausência de maquinários e trabalhadores neste mês de agosto.

O MPF/RR solicitou da Secretaria de Infraestrutura do Estado de Roraima (Seinf) toda a documentação referente aos contratos de prestação de serviços das empresas responsáveis pela execução das obras na BR-174. A documentação, composta de 92 volumes, já está em análise na instituição ministerial, e uma vez havendo irregularidades, o MPF irá analisar quais medidas serão adotadas para corrigir os problemas e concluir com qualidade as obras na rodovia.

Na tarde de ontem, na sede do MPF, Galiano esteve reunido com representantes da CGU, Seinf e do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte em Roraima (Dnit) para tratar sobre as irregularidades detectadas na diligência realizada no início da semana. “A grande preocupação do Ministério Público Federal em Roraima consiste na perfeita aplicabilidade dos recursos destinados à recuperação e restauração da única via de acesso que liga Roraima ao restante do Brasil, que, com as péssimas condições de trafegabilidade, tem trazido grandes prejuízos à população e ao desenvolvimento socio econômico de Roraima”, concluiu Galiano

Fonte: Folha de Boa Vista 

Indígenas em Manaus: resistência cultural aos apelos da metrópole



Diego Toledano - portalamazonia

MANAUS – No centro da tribo, um adolescente de aproximadamente 14 anos coloca a mão em uma luva com formigas tucandeiras por 10 minutos. Somente se ele resistir a este ritual ele será considerado, pela sua etnia, apto a entrar na vida adulta. A cena descrita poderia facilmente se passar em uma tribo distante, no interior do Amazonas. Mas é em um dos bairros mais movimentados da capital amazonense que encontramos resquícios de um povo que resiste a esquecer sua cultura. É o retrato da vida de indígenas que migraram para Manaus e enfrentam a difícil tarefa de preservar seus costumes no meio da maior e mais desenvolvida cidade da região Norte do País.
Cerca de 30 mil índios vivem em Manaus. São pessoas de etnias como Tukano, Cocama, Dessana, Cambeba, Sataré-Mawé e Wotchimaucu, que hoje estão distribuídas pelas áreas da periferia manauara. Parte destes povos viu na capital amazonense as oportunidades de mudança de vida. Este é o caso dos índios Wotchimaucu, residentes do bairro Cidade de Deus, na zona Norte.
Os Wotchimaucu chegaram à capital há 20 anos. A tribo vivia no município de Tabatinga (a 1.106 km de Manaus), onde prestava serviços a fazendeiros para sustentar as famílias. Já em Manaus, os indígenas sobrevivem dos lucros gerados pelo artesanato. A artesã Artemis Cruz, de 51 anos, foi a primeira a se mudar para a área urbana. Segundo ela, o custo de vida no interior do Estado é mais caro que na cidade. “Quando estávamos em Tabatinga, ganhávamos mais dinheiro, mas não conseguíamos comprar a mesma quantidade de alimentos que compramos em Manaus. Aqui, ganhamos pouco, mas conseguimos viver com o que lucramos”, explicou ela.

Foto: Diego Toledano/Portal Amazônia

Originalmente, os povos indígenas vivem sob um sistema de uso coletivo da terra. Mas em Manaus, é o capitalismo que os obriga a conseguir fontes de renda. Ainda no caso dos Wotchimaucu, o artesão e coordenador da Tribo, Bernardo Pereira, 47, explicou ao Portal Amazônia que todo o dinheiro gerado pela tribo é dividido igualmente para as famílias da comunidade de origem Tikuna. “Não favorecemos ninguém. Tudo o que recebemos atende às necessidades das famílias em conjunto, e não individualmente”, afirmou. Hoje, a produção de artefatos típicos da cultura indígena é responsável pela maior parte do lucro obtido pela tribo, mas há membros da comunidade que já trabalham no Distrito Industrial de Manaus.
O idioma é outro frágil fator nesta transição social. As crianças da comunidade frequentam escolas tradicionais pela manhã, onde aprendem a Língua Portuguesa. É no período da tarde que elas voltam às aulas, desta vez no Centro Cultural dos Tikuna. Montado pelos Wotchimaucu, o espaço oferece aulas bilíngues. Além da língua mãe, as crianças aprendem também as danças típicas dos Wotchimaucu.


Foto: Diego Toledano/Portal Amazônia

A tarefa de preservar as raízes amazônicas na cidade grande é um dos desafios enfrentados também pela aldeia I´pyrehyt – da etnia Sataré-Mawé -, onde acontece o ritual da tucandeira, retratado no início da matéria. Localizada no bairro Santos Dumont, zona Centro-Oeste, a aldeia reúne 10 famílias. Quem recebeu o Portal Amazônia no local foi o tuxaua da tribo, Moisés Ferreira, de 32 anos. Após se caracterizar com cocares e colares, ele nos levou ao Centro Cultural da Tribo, onde relatou uma série de dificuldades vividas por seu povo.
Uma das reclamações dos indígenas é o descaso da população urbana com as necessidades das tribos. “Muitos universitários nunca pisaram em uma aldeia indígena para conhecer pessoalmente nossos costumes e a nossa realidade. Se um advogado ou um médico viesse nos visitar, ele entenderia nossas necessidades e poderia nos ajudar”, explicou o tuxaua Sataré-Mawé.


Foto: Diego Toledano/Portal Amazônia

Novamente, percebe-se que a cultura é um dos pontos mais fortes que une esses povos. Para os Satarés-Mawés, o ritual da Tucandeira, que continua sendo realizado anualmente, precisava ser conhecido mais profundamente pelas pessoas que tantas vezes passam pelas ruas que cercam a aldeia, mas sequer imaginam que o costume é praticado ali, logo ao lado. “Todos os nossos eventos são realizados inteiramente por nós. Por isso não conseguimos divulgar para muitas pessoas”, disse ele.
Com tantos desafios a serem vencidos, a ideia de voltar ao interior do Amazonas vence muitos destes índios. Segundo o tuxaua, duas famílias já abandonaram a comunidade e decidiram tentar a vida fora da reserva. “Sentimos falta da família que deixamos para trás, mas já não posso abandonar o que consegui em Manaus. Meus filhos cresceram aqui e é importante para mim que eles ingressem no Ensino Superior”, explicou a Tikuna Artemis.
O pesquisador da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e autor da pesquisa “Nova Cartografia Social do Amazonas”, Claudemir Sales, afirmou que os índios tendem a abandonar sua identidade por se sentirem ignorados. “Eles vêm de um difícil cenário de invisibilidade social. Então chegam à cidade e vêem que continuam sendo negligenciados. Desta forma, decidem abandonar a identidade indígena e procurar melhores vidas como cidadãos da capital”, explicou.
As famílias que escolhem permanecer em Manaus seguem nesta constante batalha em defesa da sua essência cultural. Enquanto isso, cada palha trançada a grãos da região mostra o longo caminho percorrido por este povo histórico. “O artesanato serve para preservar a cultura de nossos ancestrais e garantir que nossos filhos e netos conheçam os costumes indígenas”, contaram os indígenas da Wotchimaucu.

Casal de empresários e pedreiro morrem carbonizados na BR-174

Quarta Feira 17 de Agosto de 2011



Nonato Sousa/Folha Boa Vista

Boa Vista - Uma tragédia na BR-174 deixou duas famílias de luto ontem. Vítimas de um acidente de trânsito na rodovia federal, a cerca de 35 km de Boa Vista, em direção ao município de Pacaraima, as três pessoas que ocupavam o veículo morreram carbonizadas depois que o carro - Blazer com placas de Fortaleza (CE), HWZ 1882 - incendiou e em questão de minutos e consumiu tudo que estava dentro. As vítimas foram o empresário Manuel Belchior de Albuquerque, 61, o Bebé, a esposa dele, Isete Evangelista de Albuquerque, 52, e o pedreiro Elinaldo Mendes Cavalcante.

Acionados por populares que passavam pela rodovia, homens do Corpo de Bombeiros estiveram no local com um caminhão de combate a incêndio, mas já não puderam fazer mais nada para salvar as vítimas. A equipe apagou as chamas e o carro completamente destruído foi resfriado para que as equipes da Perícia da Polícia Civil e do Instituto de Medicina Legal (IML) realizassem seus trabalhos.

Conforme policiais rodoviários, o acidente ocorreu entre 10 e 11 horas da manhã. Uma testemunha revelou aos policiais que o motorista Manuel Albuquerque perdeu o controle da direção do carro ao desviar de um motociclista não identificado, que seguia na sua frente no mesmo sentido. Na altura do portão de entrada do campus Murupu, da Escola Agrotécnica da Universidade Federal de Roraima (UFRR), o motociclista dobrou para a esquerda a fim de entrar no campus, provocando o acidente.

Carro com os três ocupantes bateu em um monte de barro e “decolou” a metros de distância

O carro descontrolado saiu da pista para a direita e bateu contra uma monte de barro no acostamento. O veículo capotou alguns metros depois, ocasião em que ocorreu uma explosão seguida do incêndio. A testemunha disse que ouviu gritos das vítimas e tentou se aproximar, mas não teve como, devido ao fogo que consumia o carro por completo.

Os policiais rodoviários não conseguiram identificar as vítimas oficialmente através de documentos, consumidos pelo incêndio. Familiares do casal estiveram no local ao serem informados da tragédia e revelaram os nomes à polícia. Informaram também que Manuel Bebé e a esposa iam para Pacaraima, onde mantêm empreendimentos comerciais, um deles uma loja de roupas e calçados, denominada de Brasil/Venezuela. Elinaldo, que acompanhava o casal, era pedreiro e ia executar serviços na empresa

Diante da cena chocante, a polícia levantou a suspeita de que o carro estivesse em alta velocidade, o que pode ter contribuído para a tragédia. Os corpos carbonizados foram removidos ao Instituto de Medicina Legal (IML) para realização do exame cadavérico e também para a confirmação das suas identidades, o que só poderá ser feito por um perito odontolegista, através da arcada dentária.

A expectativa era de que ainda ontem os corpos fossem liberados para suas famílias, no entanto, devido ao laudo técnico, até as 20h os corpos continuavam no órgão.

Natural do Estado do Ceará, Manuel Albuquerque, que ficou conhecido pelo apelido de Bebé, também era proprietário de uma loja de roupas e calçados em Boa Vista, localizada na avenida Jaime Brasil, no Centro, denominada de Magazine do Povo. Na última eleição do ano passado, ele concorreu a uma vaga para a Câmara com o codinome Bebé 90. 

Operários ameaçam parar obra na BR-174

Segunda Feira 25 de Julho de 2011

YANA LIMA
Os funcionários da empresa CMT Engenharia e Egesa (do consórcio Seabra-Caleffi), que atuam na restauração da BR-174, disseram que irão paralisar as atividades a partir de hoje. Os motivos seriam os salários atrasados e protesto frente ao não pagamento de multas rescisórias de trabalhadores demitidos.

A empresa é uma das investigadas pelo Ministério Público Federal (MPF), por conta da doação a candidatos e partidos no pleito do ano passado. A CMT Engenharia doou R$ 1,1 milhão, distribuídos entre o PMDB roraimense e às campanhas do deputado federal Luciano Castro e do governador Anchieta Júnior. Já a Egesa repassou R$ 782,8 mil ao diretório nacional do PR, controlado por Alfredo Nascimento e ao diretório amazonense....


Governo promete operação tapa-buraco e caminhoneiros desbloqueiam rodovia

Segunda Feira 08 de Agosto de 2011



VANEZA TARGINO

 
Boa Vista - O tráfego de veículos foi liberado na manhã desse sábado na BR-174 pelos caminhoneiros que promoveram 24 horas de interdição da rodovia, que liga Roraima ao Amazonas, após negociação com o vice-governador, Chico Rodrigues, que foi ao local. O protesto era contra as péssimas condições da rodovia federal, que desde o ano passado passa por obra de restauração no valor de R$ 560 milhões. Rodrigues anunciou uma operação Tapa-Buracos, no valor de R$ 8 milhões.

A mobilização ocorreu nos dois sentidos da rodovia na altura da Vila do Jundiá, no município de Rorainópolis. A fila de veículos parados chegou a dez quilômetros. A fila de veículos começou a ser formada às 18h de quinta-feira e somente na manhã de sábado o bloqueio foi retirado. Os manifestantes estimam que aproximadamente 100 veículos, entre caminhões, ônibus e carros particulares, ficaram paralisados ao logo da rodovia, considerada a mais importante da região e por onde passam todos os itens de maior consumo na capital roraimense e demais municípios.

A negociação foi feita pelo vice-governador, Chico Rodrigues, atendendo a uma das reivindicações dos manifestantes, que exigiram explicações e proposta na recuperação da rodovia para amenizar a situação, devido aos constantes problemas nos veículos e prejuízos que a categoria dos caminhoneiros vem amargando ao longo da rodovia.

Segundo ele, a operação Tapa-Buraco, que é uma recuperação paliativa, será realizada nos 300 km que estão em péssimo estado, ao custo de R$ 8 milhões. Os recursos são do Dnit, de um programa específico para a conserva e manutenção da rodovia federal.

O objetivo da manifestação, conforme o caminhoneiro Cleudecir Morales, conhecido como “Paulista”, era chamar a atenção do poder público para as más condições da via e pedir providências para a recuperação dos trechos que estão intrafegáveis.

Chico Rodrigues explicou à Folha que chegou ao local de manifestação ainda na madrugada de sábado e somente pela manhã, por volta das 8h, se reuniu com a liderança dos caminhoneiros para fechar o acordo, no qual o Governo do Estado se comprometeu em iniciar as obras de recuperação até quinta-feira, dia 11, com a publicação da ordem de serviço.

“O governador Anchieta já havia solicitado providências para da licitação das obras de conservação da BR-174 no primeiro semestre deste ano. Mas a enchente fez com que fossem suspensos. O pedido da imediata publicação da ordem de serviço vai permitir o início do trabalho para os próximos dias. Foram divididos cinco lotes, desde Boa Vista até a divisa com o Amazonas, com os serviços de conservação e a operação Tapa-Buraco”, explicou, ao ressaltar que os motoristas aceitaram o acordo e decidiram liberar a via.

Participam dos cinco lotes as empresas Construcon, Construtora Cobra, Construtora CMM, Coema e Delta Engenharia. Rodrigues explicou que ainda aguarda a liberação da ordem de serviço, que já foi autorizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Denit), após a visita do governador a Brasília junto ao Denit.

“Os caminhoneiros discutiram e concordaram com a recuperação. Fizemos esse acordo, e acredito que no máximo de quarta a quinta-feira inicia a obra de tapa-buraco. Ainda existe o contrato de 365 dias de conservação do trecho Boa Vista a Caracaraí, no qual verifica a situação do pavimento, placas, conservação e manutenção, para que fique sempre em ordem e não volte a ser o que foi antes. Essa manutenção é necessária, porque é preventiva nesse trecho de Boa Vista a Caracaraí. Nos demais trechos haverá a recuperação do asfalto de forma paliativa”, justificou Rodrigues.

Quanto à reconstrução dos trechos destruídos pelo uso contínuo, falta de manutenção e inverno rigoroso da rodovia, o vice-governador ressaltou que num outro momento quatro empresas farão o serviço. “Já estão com os seus canteiros de obras instalados e começaram a restauração, com a reconstrução da rodovia pelas empresas CMT, Consórcio CSC, Via Engenharia e Delta. Até 1º de setembro iniciarão os serviços de construção nos seus respectivos quatro trechos, que vão passar pela operação Tapa-Buraco. A reconstrução é mais lenta porque exige mais tempo para restaurar os trechos danificados”, assegurou.

Ele comentou ainda que o valor da reconstrução da BR-174 do trecho de Caracaraí até a fronteira do Amazonas era estimado em R$ 560 milhões. “Até agora foram empenhados R$ 260 milhões. Só foram até agora pagos pelo Governo do Estado, pelos serviços realizados com as devidas medições atestadas pelos fiscais da obra, aproximadamente R$ 75 milhões”, garantiu Chico.

A Folha questionou a instalação da balança no Estado do Amazonas para que o asfalto não fique danificado pelo peso das cargas. Rodrigues lembrou que o Governo do Estado vai cobrar do Dnit. “É preciso resolver esse problema da instalação da balança na BR-174, porque não há pavimento asfáltico que resista a carretas com mais de 60 toneladas. Algumas carretas trafegam entre 70 a 100 toneladas. A balança existente no Jundiá, no posto da Sefaz, é para as mercadorias”, comentou.
Veja as empresas que vão realizar a operação Tapa-Buraco:
Lote
Trecho
Serviço
Empresa
01
Boa Vista a Caracaraí
Conservação e manutenção
Construcon
02
Caracaraí ao igarapé Callefi
Operação Tapa-Buraco
Construtora Cobra
03
Igarapé Callefi ao SEABRA
Operação Tapa-Buraco
Construtora CMM
04
Seabra ao igarapé Arruda
Operação Tapa-Buraco
Coema
05
Igarapé Arruda
Operação Tapa-Buraco
Delta Engenharia


 

OAB critica salário do primeiro escalão

Quinta Feira 21 de Julho de 2011

Vanessa Lima/Folha

Boa Vista - O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Roraima (OAB/RR), Oneildo Ferreira, classificou de “afronta à Constituição” o aumento de 43% no subsídio do primeiro escalão do governo, que começou a vigorar no início deste mês. Na sua avaliação, o percentual fere os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, uma vez que o próprio governo concedeu aumento de apenas 4,5% aos servidores e também porque vive em situação financeira delicada.

“Não é razoável um Estado com o menor orçamento do país ter seus gestores com esse salário de marajás. Não é razoável os servidores terem um aumento de 4,5% e eles terem aumento nessa proporção. Não é razoável e nem tão pouco aceitável Roraima saindo de um estado de calamidade [devido à recente enchente] e a classe política fazer esse tipo de apropriação com o orçamento público”, destacou Ferreira....

Caminhoneiros vão fechar BR-174 para protestar contra buraqueira

Sexta Feira 05 de Agosto de 2011

Foto arquivo/folha



ÉLISSAN PAULA RODRIGUES

Boa Vista - Um grupo de caminhoneiros procurou a Folha para informar que vai interditar o trecho da BR-174 na altura do município de Rorainópolis, no sul do Estado, a partir das 6 horas desta sexta-feira, 05. O protesto tem o objetivo de chamar a atenção do poder público para as condições de trafegabilidade da via.

Claudecir Moraes, que trabalha no setor de transporte e frequentemente viaja de caminhão pela rodovia, disse que pelo menos 30 caminhoneiros confirmaram participação no ato. Ele informou que o local foi escolhido por ser estratégico e possuir hospital para atender alguma possível emergência.

O caminhoneiro destacou que apenas ambulâncias terão autorização para trafegar pela rodovia e adiantou que não existe um horário para que o protesto termine. Ele apontou como o pior trecho o que está situado entre a Vila de Jundiá, em Rorainópolis, na divisa com o Amazonas, e a sede do município de Caracaraí, com cerca de 300 quilômetros. “Estamos gastando até 15 horas para fazer esse percurso”, criticou.

Ele disse que os caminhoneiros se questionam sobre os valores que, segundo as propagandas institucionais, são aplicados na revitalização da BR. “Se esse dinheiro todo já foi liberado, onde está que não foi usado na estrada? As placas estão lá sinalizando que algo foi feito, mas está cada dia pior”, criticou.

O número de caminhões tombados na estrada devido às condições também foi salientado pelos manifestantes. “A situação de tráfego é insuportável. São vários caminhões tombados toda semana por falta de conservação na estrada e muito prejuízo financeiro com peças e pneus que estouram. Na semana passada falamos com pessoas do governo e nos informaram que havia empresas para tapar buracos, mas até agora nada”, ressaltou.

O grupo afirmou que vai pedir a presença do governador Anchieta Júnior (PSDB) para negociar e chegar a um entendimento sobre a situação. “Na época da enchente, pessoas ligadas ao governo iam a Caracaraí e diziam para a imprensa que estavam fazendo algo e que tudo estava normalizado, mas nada disso estava acontecendo. Os caminhoneiros fizeram o porto para a balsa poder encostar e passar os caminhões. Não recebemos nenhum centavo para fazer isso. Colocamos material para fazer as rampas, e os veículos também. Se não estivéssemos unidos, nada teria acontecido”, relatou.

Sandra Ribeiro, que também atua no ramo de transporte, disse que o protesto também quer sensibilizar o Ministério Público Federal no sentido de cobrar a devida aplicação dos recursos liberados para a restauração da estrada. “No verão passado não foi feito melhoria, só tapa-buraco. E quando chegou o inverno, a obra foi parada. Hoje a BR-174 está intrafegável e as áreas alagadas estão fazendo atoleiros, e o governo só colocou sacos de areia. Se não está mais chovendo na região, por que os buracos não foram tapados?”, questionou.

O prejuízo dos caminhoneiros, segundo ela, se estende às mercadorias transportadas nas carrocerias, que chegam ao destino com avarias, que têm que ser pagas pelos transportadores. “Temos que arcar com os prejuízos porque o cliente não tem culpa pelo estado da BR. No verão passado começaram a recuperar, mas foi só na época da campanha. Tive caminhão tombado por causa da má conservação da estrada”, frisou.


Categoria cobra ainda melhoria de estrutura no posto de fiscalização

A caminhoneira Sandra Ribeiro dos Santos explicou que entre as reivindicações da categoria estão também melhorias no atendimento nos postos fiscais e na estrutura física do local, além de lacres para que, na falta do sistema, os caminhões sejam lacrados para a fiscalização ser feita na capital.

“Traçamos outras metas, como, por exemplo, queremos um ponto de arrecadação na capital que funcione 24 horas, para que seja expedido o Documento de Arrecadação Estadual, o Dare. Queremos ainda a liberação da reserva indígena e a fiscalização do excesso de peso na rodovia”, disse Sandra.

Os manifestantes também cobram a presença de autoridades no local, como representantes do Ministério Público Federal (MPF), para garantir que os problemas sejam solucionados. “Nosso objetivo é detalhar todos os problemas para que as autoridades tenham conhecimento da realidade, mas o que buscamos mesmo é a solução”, enfatizou.

O grupo pediu apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para ajudar durante a paralisação. “A ideia não é promover intrigas. Estamos somente realizando uma manifestação pacífica em prol de melhorias para a população, principalmente para quem trabalha com transporte de cargas nesse trecho”, declarou Sandra.

O chefe do Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal (NOE / PRF), Giancarlo Ghirotti, informou à Folha que a solicitação dos caminhoneiros foi atendida e que três equipes estarão se deslocando hoje para o monitoramento da movimentação. “Durante a paralisação, vamos fazer a inspeção do local, por meio de monitoramento, garantindo que não haja nenhum possível tumulto”, explicou.


Amazonenses também podem se juntar a protesto na rodovia federal

O jornal A Crítica, que circula em Manaus (AM), publicou matéria relatando que o transporte de cargas ao longo da BR-174 poderá ficar paralisado nos próximos dias em virtude de um protesto que os caminhoneiros que trafegam pelo lugar pretendem realizar.

O Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga do Estado do Amazonas (Sindccaceam) se reuniu para traçar as estratégias do manifesto e a data de quando a categoria deverá paralisar as atividades tanto em Manaus (AM) quanto em Boa Vista.

“Tanto os caminhoneiros de Manaus quanto os Boa Vista têm problemas em comum, como os trechos intrafegáveis a partir da área de Caracaraí, por exemplo”, informou o secretário-geral do sindicato, Sérgio Alexandre.

A decisão do protesto, conforme ressaltou Sérgio Alexandre, partiu do Sindicato de Caminhoneiros de Roraima, mas a categoria no Amazonas não descartou a possibilidade de convidar os transportadores que atuam naquele Estado para também participarem da paralisação.

"A ideia é paralisar o tráfego na estrada tanto aqui na saída de Manaus quanto em Boa Vista", destacou. Ainda segundo ele, no Amazonas, os trechos da estrada que estão em obras não apresentam problemas de tráfego.

Casal diz que padre se negou a celebrar casamento por noiva estar sem calcinha

Rafhael Borges
Especial para o UOL Notícias
Em Goiânia

Allyne Eva Costa, 23, e Andersson Ferreira Cardoso, 27, caseiros de uma fazenda no distrito de Itumirim, município de Serranópolis (398 km de Goiânia) disseram que foram impedidos de se casar no último sábado (23) depois que o padre Gerônimo Cabral Moura, foi informado de que a noiva estava sem calcinha na cerimônia religiosa.

O local onde vivem, com cerca de 1.200 habitantes, divididos nas zonas rural e urbana, fica em uma região agrícola do Estado, quase na fronteira com o Mato Grosso do Sul.

Eles contaram que o episódio começou quando uma das pessoas que estava na cerimônia ouviu a noiva comentar que estaria se casando sem as roupas íntimas e contou ao padre.

Ouvidos pela reportagem, os noivos não souberam precisar quem seria a delatora, pois só souberam do fato quando o padre pediu para que Allyne fosse até a sacristia.

Por achar a atitude “estranha e imoral”, o padre pediu que uma freira carmelita, que vive na paróquia local, acompanhasse a noiva. Ela então foi submetida a uma espécie de averiguação na sacristia, e o fato foi comprovado pela religiosa. Por conhecer a linha moralista e tradicional do padre e da comunidade, contou que não havia nada debaixo do vestido.

O padre, então, no altar, fez, segundo relato dos noivos,  a seguinte colocação: "Peço que a noiva decida se vai continuar como está ou vai vestir as roupas íntimas". Diante da recusa, ele disse que "por achar a atitude estranha e imoral não realizaria o casamento", e encerrou a cerimônia.

Os noivos se disseram revoltados, e decidiram formalizar um pedido de afastamento do padre à Cúria Diocesana de Jataí (325 km de Goiânia), e ameaçaram também acionar a Justiça contra a Igreja.

Novo casamento

Apesar de todo o desconforto e constrangimento causado pela recusa do padre, o casal remarcou a cerimônia para o dia 20 de agosto, em Chapadão do Céu (GO), cidade vizinha. “Só queria me casar como vim ao mundo. Como sem vestido não dá, ao menos sem calcinha”, relatou a noiva sobre o episódio.

E ela ainda afirmou que vai repetir o feito, e espera que a nova cerimônia não seja novamente impedida. O noivo brincou que não estava sem cueca, mas que concorda com a vontade da noiva, e que isso não muda em nada o compromisso dos dois com a igreja.

Posição da igreja

A Cúria Diocesana confirmou que foi mesmo notificada pelos noivos em Jataí. A Cúria informou o UOL Notícias que recebeu o comunicado e, diante da reclamação contra o padre, está averiguando para decidir se será tomada alguma medida. O bispo da região, dom José Luiz Majella Delgado, está no Vaticano e só deve se pronunciar depois que retornar.

A coordenadora do curso de noivos e padrinhos da Diocese de Jataí, Emília Tereza Carvalho Santos, disse que não poderia falar sobre o caso específico, mas que pode afirmar que “muitos noivos têm desrespeitado os bons costumes e a tradição da igreja”, e que até os penteados das noivas e a falta do véu têm sido questionados.

Quanto à atitude do padre Moura, ela relatou que a igreja preserva muito os costumes e tradições, mas não existe uma regra que exija que o padre faça de um ou de outro modo.“É claro que a Igreja tem o papel de orientadora, aconselha os casais, na forma de se vestirem, portarem dentro da igreja, durante a celebração do casamento, sobre a festa e sobre os atrasos absurdos que ocorrem, mas dentro da paróquia, quem manda é o pároco responsável”, completou a coordenadora.

Ela também contou que já houve casos em que o padre não quis celebrar o casamento por que a noiva estava atrasada mais de uma hora. “A igreja não pode obrigar esse padre a realizar o casamento, trata-se de uma falta de respeito dos noivos com os convidados e em especial com a igreja e com o celebrante”.

Segundo ela, não cabe punição ao padre que não realiza qualquer tipo de cerimônia se ele acreditar que possa estar ferindo o que manda a doutrina católica. “Se o padre constata uma igreja cheia de preceitos que vão de acordo com a vulgaridade ele pode tomar suas razões."


A meses da inauguração, trânsito no acesso à ponte sobre rio Negro segue indefinido

Segunda Feira 18 de Julho de 2011

Foto: Chico Batata/Agecom
 Larissa Balieiro - portalamazonia

MANAUS – A ponte sobre o Rio Negro deverá ser inaugurada ainda neste semestre, segundo o Governo do Estado. Apesar da proximidade com a abertura para o tráfego de veículos entre os municípios de Manaus e Iranduba, o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) afirma ter recebido o projeto de acesso à estrutura com pouco tempo hábil para as mudanças ideais de fluxo na área. Entre as obras que deveriam estar implantadas mas ainda nem sequer saíram do papel está a construção de um viaduto.

Em datas como feriados, as balsas da Sociedade de Navegação Portos e Hidrovias (SNPH), que fazem o mesmo trajeto que a ponte cobrirá, transportam cerca de 4,5 mil carros de passeio e pelo menos 250 caminhões e ônibus. É esse fluxo que pode causar impactos no tráfego da região de acesso à ponte.


Mulher de ex-diretor do Dnit é responsável por obras em RR

Sexta Feira 15 de Julho de 2011

A Construtora Araújo Ltda, da mulher de José Henrique Sadok de Sá, diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), recém afastado, assinou contratos que somam pelo menos R$ 18 milhões para tocar obras em rodovias federais entre 2006 e 2011, todas vinculadas a convênios com o órgão.

Sadok hoje acumula o cargo de diretor-geral interino do Dnit em substituição a Luiz Antônio Pagot, que tirou férias após ameaça de ser demitido em meio ao escândalo de corrupção no Ministério dos Transportes.
 
 

Telebrás e Eletronorte fecham parceria para banda larga na Amazônia

Quarta Feira 13 de Julho de 2011

 Boa Vista - Com a presença de senadores e deputados de vários estados da Amazônia, o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, o presidente da Telebrás, Caio Bonilha, e o presidente da Eletronorte, Josias Matos de Araujo, assinaram o contrato para uso recíproco de infraestruturas a fim de implantar o Plano Nacional de Banda Larga na Região Norte. Na prática, o contrato permitirá que a Telebrás use as redes de fibra ótica presentes nas linhas de transmissão da Eletronorte para interiorizar a banda larga na Amazônia.

O presidente da Telebrás afirmou que a parceria vai possibilitar a antecipação do atendimento na Região Norte. Na primeira vez em que falou em Plano Nacional de Banda Larga, o governo federal estimou que algumas regiões da Amazônia só seriam atendidas a partir de 2014 por ausência de fibras óticas. Com a assinatura dos contratos ontem, no gabinete do ministro das Comunicações, Caio Bonilha disse que será possível, agora, antecipar este cronograma e atender mais de 1.000 cidades em todo o país até 2012.
 
 

PF apreende 18.700 comprimidos de novo tipo de droga em Roraima

Quinta Feira 28 de Julho de 2011

 
DANIELA MELLER

Boa Vista - As investigações que antecederam a operação Alquimia, desencadeada pela Polícia Federal (PF) através da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), levaram seis meses. E na manhã de ontem, por volta das 10h30, culminou com a prisão de duas pessoas, um brasileiro e um surinamês.

Conforme nota encaminhada pela assessoria de comunicação da superintendência, as prisões do taxista Francisco Gervânio Gomes, 37, e do surinamês Jurgen Ferdinand Bendt aconteceram após uma abordagem realizada no Posto de Fiscalização da Secretaria da Fazenda (Sefaz), localizado na ponte dos Macuxi, em Boa Vista.

A dupla foi abordada tão logo deu entrada na capital. Francisco e Jurgen estavam em um táxi modelo Parati, pertencente ao brasileiro e vinham do município de Bonfim, na fronteira com a Guiana.

Durante a revista, no porta-malas do veículo foram localizados acondicionados em sacos plásticos e dentro de duas caixas de sabão em pó, cada uma de cinco quilos, aproximadamente 18.700 comprimidos de metanfetamina, uma droga sintética estimulante do sistema nervoso central (SNC), muito potente e altamente viciante, cujos efeitos se manifestam no sistema nervoso central e periférico, podendo causar danos cerebrais, comportamento violento e perda de dentes em viciados.

A droga – fumada da mesma forma que o crack - que ainda é incomum no Brasil, seria comercializa em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Segundo a PF, os comprimidos serão enviados para Brasília para que seja realizado exame para confirmar o tipo de droga.

A investigação teve sua gênese a partir de apreensões diversas ocorridas entre fevereiro e junho deste ano nos aeroportos de Belém (PA) e do Distrito Federal.

Em todas as oportunidades foram apreendidos comprimidos da referida droga, tendo seus detentores declarado que os haviam recebido em Boa Vista.

Com base nessas informações, iniciaram-se as investigações com o intuito de detectar possíveis envolvidos em Boa Vista, chegando-se, por fim, ao nome do taxista Francisco Gervânio Gomes, pessoa que havia dado suporte aos presos em Belém e no Distrito Federal.

Após os procedimentos, os acusados foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) e em seguida à Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (PAMC), onde permanecerão à disposição da Justiça. Ambos foram autuados em flagrante nos artigos 33 e 35 da lei 11.346-06.

Mãe denuncia babá por maus-tratos contra bebê de apenas cinco meses


DANIELA MELLER
Boa VIsta - A babá Maria da Graça dos Santos, 44, vai responder criminalmente pelos supostos maus-tratos cometidos contra um menino de apenas cinco meses de idade. O caso só chegou ao conhecimento da polícia após uma desconfiança da mãe da criança, a nutricionista R.A.S.M., 30, que resolveu instalar câmeras de segurança na residência, localizada no bairro Caçari.

Conforme relatos feitos pela mãe da vítima, no Plantão Central II, no prédio da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Maria da Graça foi contratada há cerca de dois meses por indicação de uma amiga.

Segundo R.A.S.M., a babá ficava responsável pela criança poucas horas do dia, apenas quando ela necessitava sair para resolver alguns problemas. Cerca de um mês após os serviços, a nutricionista contou que percebeu algo estranho no filho, como manchas arroxeadas espalhadas pelo corpo e uma mancha vermelha na nuca da criança.

Além disso, outro fato que lhe chamou muito a atenção era que antes de dormir à noite, o bebê sempre estava muito agitado. Por conta disso resolveu procurar o pediatra para tentar descobrir o que estava acontecendo.

Para eliminar as suspeitas, os pais da criança resolveram por instalar quatro câmeras na residência, fato ocorrido no último dia 25. No dia seguinte, a mãe se surpreendeu com as imagens.

Maria foi flagrada no momento em que levantava a criança por um dos braços e sem nenhum cuidado a jogava dentro de uma rede, de bruços para abafar o choro. A babá também foi filmada no momento em que mexia nas coisas pessoais da patroa e quando retirava dinheiro de um cofrinho, utilizando-se de uma faca de mesa.

Com as provas em mãos, o casal resolveu procurar a babá e exigir explicações. Maria, a princípio negou o fato, porém, ao saber que tinha sido filmada, ameaçou o casal dizendo que caso eles procurassem a polícia, a situação poderia se complicar.

O caso foi encaminhado à delegada plantonista Débora Alves Monteiro, que instaurou procedimento investigatório. Como a babá não foi presa em flagrante, deve aguardar decisão em liberdade.

ABANDONO Também chegou ao conhecimento da polícia, através de uma denúncia anônima feita à Polícia Militar (PM), mais um caso de abandono de incapaz.

Após ser comprovada a denúncia, a dona de casa Rosilene Silva Veloso foi autuada em flagrante por ter deixado um casal de filhos, de nove e 11 anos de idade, sozinhos em uma residência localizada no bairro Pintolândia, apenas na companhia de outras duas crianças, de um e quatro anos de idade, que também estavam sob sua responsabilidade.

Conforme a autoridade policial, após ser localizada e ouvida, a acusada foi atuada pelo crime, porém, como a lei prevê fiança, após o pagamento feito de acordo com suas condições financeiras, ela foi liberada.

PRF registra 2 capotamentos em 1 hora

Quarta Feira 03 de Agosto de 2011


DANIELA MELLER

Boa Vista - No intervalo das 12h às 13h deste domingo, dois capotamentos foram registrados em rodovias federais do Estado. No primeiro acidente, ocorrido na BR-174 sentido Pacaraima, a condutora do veículo que capotou próximo à Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (PAMC) não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e no segundo, que aconteceu uma hora depois na BR-401, o motorista de uma caçamba ficou mais de uma hora preso às ferragens. Um terceiro acidente, uma colisão entre carro e moto, também foi registrado na BR-174, pouco antes das 14h.

Segundo dados obtidos junto à Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atendeu ao primeiro acidente, o chamado foi feito à central por volta do meio-dia. Em seguida, as equipes de resgate também foram acionadas, assim como a Polícia Militar (PM).

Conforme a PRF, a professora Iza Peixoto Cunha, 31, conduzia o veículo Gol de cor preta, placas NAK-6864, do Projeto de Assentamento Nova Amazônia à capital. Ela trazia no veículo sua mãe, Genilza Peixoto Cunha, e duas crianças, de três e nove anos de idade.
Ao chegar à altura do KM-522, Iza explicou aos policiais que perdeu o controle do carro, descendo um barranco para o lado esquerdo. Devido à velocidade, o veículo tombou e caiu com as rodas para cima e completamente dentro da mata.

Como o local era de difícil acesso, fechado pelas copas das árvores, até os policiais e as equipes de socorro tiveram dificuldades para identificar o exato local, que só foi visto quando uma das ocupantes conseguiu sair e subir até a margem da rodovia.

Devido ao capotamento, como as crianças estavam sem o cinto de segurança, ambas foram cuspidas do veículo. Uma delas ficou embaixo do carro.

Ela foi retirada com a ajuda de populares e das equipes de resgate que desviraram o Gol. A criança sofreu graves lesões, inclusive fraturas. O restante dos ocupantes sofreu apenas ferimentos leves. Como a condutora não possui CNH, foi detida após receber os primeiros socorros e posteriormente encaminhada à delegacia.

CAÇAMBA – Mal tinham atendido ao primeiro capotamento, as equipes do Corpo de Bombeiro e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas para atender outro acidente, desta vez distante dois quilômetros da ponte dos Macuxi, na rodovia 401. O motorista Reginaldo Nascimento, 42, ficou 1h10 preso às ferragens.

Segundo o oleiro Leônidas Amorim Abreu, 39, que viu como tudo aconteceu, a cena foi chocante. “Estava do outro lado da pista, na vila Vintém. Uns amigos e eu vimos quando a caçamba que seguia sentido Bonfim caiu no barranco para o lado direito da pista. Em seguida um monte de água subiu”.

O oleiro explicou que nesse momento todos os homens presentes correram para ajudar. “Quando chegamos já tinha uma pessoa ajudando o motorista que estava com apenas a cabeça fora d’água. Como a cabine estava afundando muito rápido, descemos em mais oito para levantá-la. O motorista permaneceu ali até a chegada do resgate, que demorou uns 25 minutos. Antes ainda conseguimos desprender uma das pernas dele”, lembrou.

Tão logo as equipes chegaram, deram início à operação para retirar a vítima das ferragens. Além do quite desencarcerador, um mergulhador dos bombeiros também auxiliou no resgate.

Uma hora e dez minutos após, Reginaldo foi retirado da cabine sem ferimentos graves aparentes. Apesar de ter se mantido calmo durante todo o tempo, Reginaldo estava em estado de choque.

Antes de ser conduzido à unidade médica, ainda dentro da unidade móvel do Samu, o motorista explicou à reportagem que estava fazendo um frete quando a barra de direção do veículo quebrou, causando a perda do controle. A caçamba estava carregada com aproximadamente nove toneladas.