Ângela diz que Roraima vive situação ‘dramática’


A senadora Ângela Portela (PT) usou o plenário do Senado para classificar a situação vivida pela população roraimense como “dramática”. Ela disse querer chamar a atenção para problemas, que intitulou como “graves”, na administração pública local e se disse extremamente preocupada. Entre as questões vividas pela população, citou a procura por atendimento médico, escolas para os filhos e a necessidade em casos de emergências policiais.

De acordo com ela, a crise administrativa em Roraima vem se agravando a cada dia e os problemas não estão restritos à educação, tema que abordou em pronunciamento anterior, sobre a aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). “Há problemas graves na saúde pública, na segurança, na infraestrutura, no fomento ao setor produtivo e na gestão do funcionalismo estadual. Não poderia silenciar diante de situação tão extrema, que atinge a todos e, o mais grave, tem tirado vidas inocentes”.

Ângela Portela lembrou que o Governo de Roraima é responsável por mais de 70% de toda a economia do Estado e “simplesmente perdeu qualquer capacidade de apontar rumos, propor alternativas de desenvolvimento econômico e social e, principalmente, a capacidade de manter a máquina pública funcionando de forma satisfatória”.

Ao contrário de avançar, na opinião da senadora, o Estado está regredindo em importantes indicadores sociais. Para ilustrar a gravidade da situação, a parlamentar citou Edi Maria Kuhn Hirt, que morreu este mês, vítima de suposto erro médico no Hospital Geral. “Seria mais uma lamentável fatalidade, se não tivesse se tornado uma triste e macabra rotina em Roraima. Nos últimos meses, já se tornou comum no noticiário a perda de vidas nos hospitais públicos geridos pelo governo estadual. Faltam médicos, medicamentos, equipamentos, condições de trabalho e instrumentos mínimos para um atendimento digno”, afirmou.

Ângela Portela lembrou ainda a operação Mácula, da Polícia Federal, que identificou desvios de mais de R$ 30 milhões da saúde estadual em apenas dois anos, enquanto nos principais hospitais de Roraima cirurgias de emergência e eletivas são suspensas por falta de material.

A crise da saúde se repete em praticamente todos os setores do governo, de acordo com a senadora. Ela citou a paralisação de advertência por melhores condições de trabalho feita por policiais civis e o caso das delegacias de Pacaraima e Caracaraí, interditadas por falta de condições de funcionamento, com problemas que vão desde fossas estouradas até ausência de celas para os presos.

Ainda de acordo com a senadora, a crise também atinge o setor produtivo, os produtores rurais, a agricultura familiar, empresários, comerciantes, prestadores de serviços. “Não existe no horizonte qualquer esperança para o empreendedor roraimense. Pelo contrário, o que temos testemunhado nos últimos meses é a proliferação de pragas na agricultura: ácaro vermelho, ácaro hindu, mosca da carambola, são alguns dos problemas que derrubam a produção e causam prejuízos inestimáveis para nosso Estado”.

Para Ângela Portela, estas são notícias ainda mais tristes quando se sabe do grande potencial do Estado, da disponibilidade de recursos naturais e, principalmente, da grande quantidade de recursos financeiros que a União transfere para o Governo de Roraima atender a uma população que não chega a meio milhão de habitantes.

“A despeito da situação frágil da atual administração, cujos mandatos do governador e vice foram cassados pela Justiça Eleitoral, entendemos que são necessárias medidas emergenciais para devolver a Roraima às boas práticas administrativas. Como parlamentar, procuro fazer a minha parte da melhor forma possível, apresentando emendas ao orçamento para assegurar alguma capacidade de investimento aos nossos municípios, sugerindo projetos, peregrinando pelos ministérios, estatais e autarquias federais em busca de recursos, ocupando esta tribuna para falar das necessidades do nosso Estado”, desabafou a senadora.

Fonte: Folha de Boa Vista

Livro resgata a riqueza da literatura indígena em Roraima

Para valorizar a língua Macuxi e divulgar as lendas e mitos da região, o padre Ronaldo B. MacDonell organizou o livro “Kaikusiyamî’, Wairayamî’ moropai Maikanyamî’ Onças, Antas e Raposas Jaguars, Tapirs and Foxes”, que busca devolver a riqueza da literatura indígena ao povo nativo. A ideia surgiu a partir de uma pesquisa histórica feita em 2005 no Mosteiro do Rio de Janeiro.


O livro relata 30 narrativas transmitidas oralmente pelos Macuxi e que foram registradas de forma escrita. “Antigamente não se tinha contos escritos, somente falados. Então pensamos em algo que eles pudessem guardar para futuras pesquisas”, declarou.


MacDonell explicou que a ideia surgiu a partir de uma busca realizada pelo Padre Vanthuy Neto. A pesquisa tinha o objetivo de mostrar a história dos monges beneditinos e o trabalho desenvolvidos por eles na Diocese de Roraima.


“A pesquisa foi feita no Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, e teve como base um acervo de 132 mitos do povo Macuxi, coletados em Roraima pelo monge beneditino Dom Alcuíno Meyer, entre os anos 1926 e 1948”, comentou.


O padre MacDonell destacou que Dom Alcuíno aprendeu bem a língua Macuxi devido à convivência contínua com o povo. Diante disso, traduziu as orações Pai Nosso e Ave Maria para a língua nativa, além de escrever as lendas da região da mesma forma que escutava.


“Sabendo dessa riqueza nas lendas regionais, em 2005 fiz a primeira pesquisa. Como achei o assunto muito interessante, voltei mais duas vezes ao Rio de Janeiro, copiei os 132 mitos do povo Macuxi e, na volta em 2009, sentei com três falantes de Macuxi, para corrigirmos os textos em Macuxi conforme o alfabeto atual indígena”, explicou.


Dos 132 mitos escritos por Dom Alcuíno, foram selecionados 30 para compor o livro, o qual é trilíngue. “Os textos estavam em macuxi, então traduzimos para o português e por fim eu traduzi para o inglês”, disse MacDonell, acrescentando que mais três indígenas Macuxi fizeram a ilustração do livro.


Questionado sobre as dificuldades na produção do livro, o padre citou que a maior foi com relação ao padrão de escrita da língua Macuxi, porque não há um modelo fixo que possa ser seguido, como, por exemplo, para o português tem a academia de letras que define como se escreve.


“Já em versão Macuxi não existe e há também poucas publicações de escritas Macuxi, por isso se tornou mais difícil a composição dos textos. Há também a questão dos próprios Macuxi não valorizarem a sua língua nativa”, comentou.


Uma das observações feitas por ele é que durante a revisão dos textos os indígenas que participaram da produção contavam entusiasmados suas versões das histórias, sempre destacando que ouviam os avós deles contar as mesmas lendas, porém com contextos distintos.


A língua Macuxi está ameaçada, pois a maioria dos nativos se comunica por meio do português, inclusive nas escolas indígenas a língua serve apenas como disciplina e não como língua nativa.


“É por isso que queremos reviver essa língua, não querendo dizer que falar o português é errado, pois todos têm que conhecer a língua nacional, porém a língua nativa não deve ser esquecida”, frisou MacDonell.


A capa do livro tem na ilustração o Monte Roraima, que representa um mito e ganha destaque no livro no trecho em que fala da formação daquele ponto geográfico.


“Segundo a lenda, naquele local havia uma árvore de vida, que dava muitos frutos. Certo dia, os irmãos Inxikiran, Ani’k e Makunaima cortaram a árvore. Dessa forma, o tronco, única parte que restou da árvore, virou o Monte Roraima”, narrou o padre.


Além dos contos, o livro expõe o depoimento do ex-coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Sousa. O padre Vanthuy Neto descreve a história da Missão Beneditina em Roraima e o sentido da coleta da mitologia dos povos indígenas na linha missiológica adotada pelos monges beneditinos da época.


Narra ainda a história do monge suíço-alemão Dom Alcuíno Meyer, que foi obrigado a deixar Roraima em virtude do fechamento da Missão, a qual o levou de volta ao Mosteiro do Rio de Janeiro, onde organizou o acervo de mitos coletados durante os anos de convivência com o povo Macuxi.


MacDonell salientou que o título do livro surgiu com referência à representação das lendas, para não ficar o básico como “Lendas do povo Macuxi”. “Preferimos optar por figuras de animais, que representam muito bem os contos descritos no livro”, disse.


O lançamento do livro ocorreu na segunda-feira, 25, às 19h, no prédio da Prelazia, situado na Avenida Bento Brasil 613. Três mil exemplares dessa primeira edição estarão à venda no valor de R$ 15,00.


ORGANIZADOR – Padre e doutor em linguística, Ronaldo B. MacDonell, de origem canadense, trabalha com o povo Macuxi desde 1993. Também trabalha como assessor linguístico do Conselho Indigenista Missionário Norte I (Cimi), que atende grupos indígenas de Roraima e Amazonas. O objetivoo de seu trabalho é preservar e revitalizar as línguas nativas indígenas

Fonte: Folha de Boa Vista

Ministério Público vai investigar morte de idosa operada no HGR

ANDREZZA TRAJANO

O Ministério Público Estadual (MPE) estuda denunciar criminalmente por lesão corporal seguida de morte os médicos Miguel Martinez e Carlos Eduardo Campos Guerra. Foram eles que operaram na última quarta-feira a perna errada da aposentada Edi Maria Kuhn Hirt, 77. Ela morreu no Hospital Geral de Roraima (HGR) menos de 24 horas após o procedimento.

A promotora de Justiça de Defesa da Saúde, Jeanne Sampaio, instaurou Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para apurar o caso. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) instaurou uma sindicância, que tem 30 dias para ser concluída.

Os médicos do HGR implantaram uma prótese na perna direita da idosa, que não tinha problema, e deixaram a perna esquerda com o fêmur fraturado. Martinez foi o responsável pela cirurgia, enquanto Guerra, que é chefe do Serviço de Ortopedia do HGR, atuou como auxiliar. Ambos acompanhavam a aposentada por vinte dias, desde sua internação.

“Ela [dona Edi] tinha uma perna boa, um osso bom, e ele [Martinez] serrou o fêmur, que não é um osso qualquer. Em seguida colocou a prótese. Houve lesão corporal. Ele não tinha motivos para fazer isso. Em razão desse ato a idosa veio a falecer”, disse a promotora, acrescentando que o procedimento foi feito em conjunto com o médico auxiliar.

A promotora rechaçou as declarações do secretário de Saúde, Leocádio Vasconcelos, e do governador Anchieta Júnior, de “que a morte da aposentada não teve relação com o erro médico, por se tratar de uma reação pós-operatória”. O pós-operatório foi por uma cirurgia feita na perna errada, a esquerda. A perna direita, que estava com o osso fraturado, seria operada 48 horas depois. “Esse caso tem que ser melhor apurado, mas, como eu disse, atualmente há fortes indícios de ter ocorrido lesão corporal seguida de morte”, pontuou.

Jeanne Sampaio também questionou o fato de Miguel Martinez ter sido afastado somente de sua função médica e continuar trabalhando administrativamente na Secretaria de Saúde. Ainda indagou por que o médico Carlos Eduardo Campos Guerra continua trabalhando e não foi igualmente afastado.

“Afastamento é afastamento, tem que ficar suspenso até o fim da apuração da sindicância [instaurada pela Secretaria de Saúde], pois pode comprometer o andamento das investigações”, explicou.

A promotora já requisitou cópias dos prontuários de atendimento da idosa no HGR, no Hospital da Unimed, onde a paciente chegou a ser atendida, e no Instituto Médico Legal (IML), onde foi feito o exame cadavérico, para que seja feita uma perícia indireta desses prontuários.

“O perito do IML vai confrontar o exame físico que fez com os documentos da paciente, anotações e exames”, esclareceu. Jeanne Sampaio não descarta pedir a exumação do corpo, se for preciso.

Segundo a promotora, será analisada a conduta adotada pelos médicos desde o procedimento da cirurgia até a ameaça feita à família da vítima. A ameaça, afirma, teria partido do médico Guerra, que teria negado o erro médico e intimidado os parentes de dona Edi, afirmando que os processaria por difamação e calúnia.

Já o médico Miguel Martinez responde a outra sindicância instaurada pela pasta no início deste ano, a pedido do Ministério Público. Ele teria agido com falta de urbanidade contra uma paciente. O MPE também pediu que o Conselho Regional de Medicina (CRM) investigue o caso.

Os médicos são acusados de erro médico, falsificação de documento e ameaça.

OUTRO LADO – A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) disse que não se pronunciará sobre as declarações da promotora. A Folha também tentou contato com os médicos, mas não conseguiu. A Sesau e o CRM informaram que não tinham como fornecer os números de telefone dos ortopedistas.

De acordo com a promotora de Justiça Jeanne Sampaio, a participação da família da aposentada Edi Maria Kuhn Hirt tem sido fundamental nas investigações que apuram o erro médico. A família não só formalizou denúncia no Ministério Público contra os médicos, como subsidiou a promotora com documentos, fornecendo cópia de parte do prontuário médico.

Foi por meio dessa documentação que Jeanne percebeu que um dos laudos de internação tinha sido rasurado. Onde constava a letra E (em referência à perna esquerda), o médico Miguel Martinez teria rasurado por cima a letra D (em referência à perna direita). A família tirou cópia do prontuário antes e depois da cirurgia errada.

“Ficou comprovado que houve a tentativa de adulteração do documento. Se a família não tivesse copiado o documento original, a princípio isso passaria batido. O médico tentou com essa adulteração dizer que ele teria sido induzido ao erro, mas isso tornou ainda mais criminosa a conduta dele”, ponderou.

A promotora diz que o exemplo da família de dona Edi deve ser seguido. “A população deve denunciar casos de suposto erro médico, buscar informações, saber quem é o médico que está lhe atendendo, buscar saber qual é a satisfação profissional dele, reunir documentos”, orienta.

Com crescimento, há bairros que nem o boa-vistense conhece

Os dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 284.258 pessoas estão residindo em Boa Vista. Nas informações de 2000m esse número era equivalente a 167.185, um aumento de 117.073 habitantes por metro quadrado, durante um período de 10 anos. Atualmente o município tem 56 bairros, dos quais alguns muitos boa-vistenses sequer sabem que eles existem.

Conforme o chefe da unidade estadual do IBGE, Vicente de Paulo Joaquim, dos 56 bairros da Capital, os menos conhecidos são: Marechal Rondon, que corresponde à área do Exército, na BR-174; o bairro Airton Rocha, que equivale ao setor do Anel Viário, na proximidade do Nova Cidade; Murilo Cidade, que é um desmembramento do bairro Cidade Satélite; e o Laura Moreira, situado na Zona Leste da cidade.

O bairro mais populoso é o Pintolândia, com 10.940 pessoas, seguido pelo Senador Hélio Campos, com 9.975, e Caranã com 9.801 habitantes, dos quais 38 domicílios durante as visitas do recenseadores estavam fechados. Já o menos populoso é o bairro é o Airton Rocha, com 56 habitantes.

“O alto índice de residências fechadas mostrado na pesquisa correlacionamos com a presença significativa de jovens que moram só, os quais vieram para Roraima em busca de um futuro promissor. Portanto, estão estudando ou trabalhando nos horários de visita”, relatou Vicente de Paulo.

Segundo ele, a população de Roraima em 2000 correspondia a 324.397 e, em 2010, esse número saltou para 451.227, um aumento de 126.830 habitantes por metro quadrado. Nesse contexto, o município mais populoso é Boa Vista, com 284.258, seguido de Rorainópolis, com 25.587 pessoas.

Segundo dados do IBGE, no Brasil houve um crescimento populacional significativo de 1,17%. Roraima ocupa o segundo lugar no ranking nacional de crescimento demográfico com 3,36%, sendo antecedido pelo Amapá com 3,44%. A região Norte também lidera a lista com um acréscimo de 2.09 %, enquanto a região sul fica em último lugar com 0.87% de crescimento.

PERFIL - Roraima não tem um fato que atrai pessoas para o Estado, como indústrias, mas as pessoas migram por necessidade, vendo que o Estado está em desenvolvimento. Antigamente havia o garimpo, o qual seduzia multidões de outros estados. “Lembrando que era uma atividade típica masculina. Hoje é diferente, as mulheres começaram a conquistar seu espaço na área urbana, enquanto os homens estão mais presentes no meio rural”, citou Vicente de Paulo.

Ainda de acordo com o Censo 2010 dos 451.227 habitantes de Roraima 229.343 são homens e 221.884 mulheres. Na capital a presença é marcante do sexo feminino com 143.450, contra 140.808 do sexo masculino.

Vicente de Paulo destacou que a população nos últimos dez anos vem adquirindo um novo perfil, o qual está relacionado a novos hábitos, dessa forma há uma participação ativa da população na vida social. São ações que antes não se tinha interesse, como por exemplo, a carreira profissional.

“A partir do momento que a população começa a participar mais da sociedade, ela começa a se inteirar de novas realidades e práticas. Isso influencia exclusivamente na queda da taxa de natalidade, fazendo assim uma remodelagem da mobilidade social. Isso que dizer que as taxas de crescimento que tínhamos nas décadas de 70, 80 e 90 se modificaram, devido ao perfil da população”, frisou.

Entre os fatores que influenciam no crescimento demográfico destacam-se a migração e o nascimento, que é denominado como crescimento vegetativo, o qual é fruto do cálculo de nascimento menos os óbitos.

Vicente de Paulo explicou que a migração refere-se ao deslocamento de pessoas em busca de melhores condições de vida e que, apesar de contínua, está se estabilizando devido aos programas do Governo Federal, que beneficiam a população de baixa renda como. Entre eles, se destacam o Bolsa Família e o Vale Alimentação.

“Antes a população não contava com esses benefícios, por isso migravam para outros lugares. Hoje a realidade é diferente. Esses programas ajudam as pessoas a se manterem em seus lugares de origem, estabilizando o deslocamento. Diante disso, a tendência daqui a 10 anos é que haja uma estabilização no crescimento demográfico”, esclareceu.

MIGRAÇÃO - A maioria dos migrantes presentes no Estado é oriunda do nordeste, enfatizando que há uma quantidade significativa vinda do Maranhão. “Em porcentagem esse número de imigrantes é de 51%”, destacou o chefe da unidade local do IBGE. 

O que pode ser observado nos dados estatísticos do IBGE é que Roraima é o Estado que ainda segura um crescimento populacional alto. A taxa de natalidade em Roraima ainda é alta, mesmo assim já pode ser visto uma queda ano após ano. “Isso faz com que as previsões de aumento ou diminuição não sejam exatas em 2020”, declarou Vicente de Paulo.

Ao longo dos últimos anos, a composição do fluxo migratório vem se transformando. Antes quem migrava eram pessoas de baixa qualificação, com nível relativamente baixo de instrução, pois são nessas classes que há um maior índice de vulnerabilidade, assim como de natalidade.

Mas hoje o segmento da população que mantém as taxas de migração altas no Estado é o de jovens, principalmente porque Roraima disponibiliza duas instituições de ensino superiores públicas e diversas faculdades particulares. “Os jovens vêm em busca de concursos públicos e de instituições superiores com baixa concorrência, dessa forma procuram algo melhor em Roraima”, frisou Vicente de Paulo.

Fonte: Folha de Boa Vista

FAB resgata corpos de acidente aéreo

Foto:   WILLAME SOUSA
Urnas com os corpos dos passageiros do helicóptero foram levadas para o IML


Os corpos do mecânico José Maria Galvão, 55, do enfermeiro João Junio Vasconcelos Ramos, 37, e do médico do Exército Brasileiro Oswaldo Nogueira da Silva Filho, 31, mortos na queda do helicóptero no Alto Mucajaí, na reserva indígena Yanomami, no Município de Alto Alegre, foram resgatados. A aeronave Esquilo AS 55, de matrícula PT-HNA, da JVC Aerotaxi Ltda, teria caído na quarta-feira (06). As causas do acidente não foram reveladas.

O piloto Alberto Farias da Cunha Junior, 50 anos, e o funcionário civil da Comissão de Aeroportos da Amazônia (Comara) Antônio José de Melo, 59, sobreviveram. Eles foram resgatados no dia em que foram encontrados em área de mata fechada, na sexta-feira (08), pelo helicóptero H-60 Blackhawk da FAB (Força Aérea Brasileira), de Manaus, o mesmo que trouxe os corpos nesse sábado.

Os três corpos chegaram à Base Aérea de Boa Vista por volta das 13h. Eles estavam carbonizados, o que comprova a explosão da aeronave. O tenente-aviador Felipe Bottino, que comandava o helicóptero do resgate, disse que o local é de difícil acesso, por estar em plena floresta amazônica, caracterizada por mata densa.

Foram cerca de quatro horas e meia desde a saída de Boa Vista à região até o retorno à base. A equipe, composta por sete militares, alguns deles de Manaus, que vieram para auxiliar nas buscas e resgate, decolou às 8h30 de sábado. A previsão era que entre 11 e 12h chegassem a Boa Vista, algo que só ocorreu por volta das 13h.

Após a chegada na base, os corpos foram entregues à Polícia Federal, a quem compete investigar a possível ocorrência de crime dentro de aeronaves civis, que os repassou ao Instituto Médico Legal (IML) para exame cadavérico. Os corpos foram liberados ainda na noite de sábado. Na certidão de óbito dos três estavam como causas das mortes carbonização, politraumatismo e acidente aeronáutico.

RAMOS – O enfermeiro João Junio Vasconcelos Ramos, 37, tinha nascido em Santarém, no Pará, mas morava em Roraima há algum tempo. Ele era casado e tinha três filhos, uma menina de 06 anos, que reside no Estado, além de uma garota de 12 anos e um menino de 08 anos, que moram em Fortaleza (CE). Por opção da família, as crianças não vieram ao funeral. Conforme uma amiga da família, os parentes ainda não sabem se irão recorrer à Justiça quanto à morte do enfermeiro.

GALVÃO – O mecânico José Maria Galvão, 55, era natural de Belém, no Pará, e morava em Manaus, no Amazonas. Ele era é casado e tinha três filhos. A mulher, com quem a reportagem não conseguiu falar no sábado, veio do Estado amazonense para levar o corpo, onde foi enterrado. (W.S.)

 
Fonte: Folha de Boa Vista

Leia trecho da carta do atirador que invadiu escola no RJ

Na carta encontrada com o atirador que abriu fogo dentro da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta quinta-feira (7), Wellington Menezes de Oliveira fala de questões religiosas e dá indícios de que o ataque foi premeditado, além de pedir perdão pelo crime. 11
crianças morreram e 13 estão feridas, sendo que quatro em estado grave.

Wellington Menezes de Oliveira, homem que atirou contra escola municipal Tasso de Oliveira, em Realengo (Foto: Reprodução/TV Globo)
Wellington Menezes de Oliveira, homem que atirou
contra escola municipal Tasso da Silveira,
em Realengo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Leia trecho da carta:

“Primeiramente deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas, ou seja, nenhum fornicador ou adúltero poderá ter um contato direto comigo, nem nada que seja impuro poderá tocar em meu sangue, nenhum impuro pode ter contato direto com um virgem sem sua permissão, os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco que está neste prédio, em uma bolsa que deixei na primeira sala do primeiro andar, após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério Murundu. Preciso de visita de um fiel seguidor de Dues em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida.”
 
Segundo o subprefeito da Zona Oeste, Edmar Peixoto, Wellington também afirmou na carta que era portador do vírus HIV.
O ataque

Wellington, de 23 anos, entrou em uma escola municipal nesta manhã, atirou contra alunos em salas de aula lotadas, foi atingido por um policial e se suicidou. O crime foi por volta das 8h30.
Conhecido na escola por ser ex-aluno, ele teria entrado sob alegação de que iria fazer uma palestra. Seu corpo foi retirado por volta das 12h20, segundo os bombeiros. De acordo com a polícia, Wellington não tinha antecedentes criminais.

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A polícia diz que ele portava dois revólveres calibre 38 e equipamento para recarregar rapidamente a arma. Esse tipo de revólver tem capacidade para 6 balas.
Segundo testemunhas, Wellington baleou duas pessoas ainda do lado de fora da escola e entrou no colégio dizendo que faria uma palestra.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele falou com uma professora e seguiu para uma sala de aula. O barulho dos tiros atraiu muitas pessoas para perto da escola


O sargento Márcio Alves, da Polícia Militar, fazia uma blitz perto da escola e diz foi chamado por um aluno baleado. "Seguimos para a escola. Eu cheguei, já estavam ocorrendo os tiros, e, no segundo andar, eu encontrei o meliante saindo de uma sala. Ele apontou a arma em minha direção, foi baleado, caiu na escada e, em seguida, cometeu suicídio", disse o policial.

 (veja abaixo a declaração, em reportagem do Jornal Hoje).
A escola foi isolada, e os feridos foram levados para hospitais. Os casos mais graves foram levados para o hospital estadual Albert Schweitzer, que fica no mesmo bairro o colégio.

Sobrevivente conta como foi

Uma das alunas lembra os momentos de terror na unidade. A menina de 12 anos disse que viu o atirador entrar na escola. Ela estava dentro da sala de aula quando ele abriu fogo contra os alunos.
“Ele começou a atirar. Eu me agachei e, quando vi, minha amiga estava atingida. Ele matou minha amiga dentro da minha sala”, conta ela, que afirma que estava no pátio na hora em que o atirador entrou na escola.
“Ele estava bem vestido. Subiu para o segundo andar e eu ouvi dois tiros. Depois, todos os alunos subiram para suas salas. Depois ele subiu para o terceiro andar, onde é a minha sala, entrou e começou a atirar”, completou.

Fonte: G1 RJ

Mãe busca adolescente que fugiu de casa

NONATO SOUSA

Casos de desaparecimento de pessoas em Boa Vista, na grande maioria adolescentes, têm sido comunicados à polícia constantemente. Esta semana no período de menos de 24h, entre terça-feira e ontem, pelo menos duas ocorrências desta natureza foram registradas pelas mães de duas garotas menores de 14 anos. Felizmente em um dos casos, a menina foi localizada. Já a outra, até o fechamento da matéria, às 19h, não havia retornado para casa e ninguém dava notícia do seu paradeiro.

A mãe dela conversou com a Folha e pediu ajuda da população para encontrar a filha. Rosalyn Menezes contou que a filha, Kerolainy Menezes Vieira, saiu de sua casa no bairro Jóquei Clube na terça-feira pela manhã aproveitando-se da ausência da mãe que tinha ido ao Centro. “Quando voltei não encontrei mais ela em casa”, enfatizou. A garota estuda na escola Pedro Elias no mesmo bairro, à tarde, e não foi assistir aula.

Ainda na terça-feira a mulher disse que esteve na Polícia Civil para registrar o desaparecimento, mas foi orientada a aguardar mais um pouco e retornar no dia seguinte, o que ocorreu ontem, pois a filha ainda não tinha voltado. “Ela não voltou e não sei onda minha filha está. Por isso vou registrar a ocorrência agora”, disse, ao acrescentar que, além das roupas, a filha levou identidade.

Ela teme que a filha tenha fugido de casa para ficar com um homem mais velho e contou que no dia anterior ao desaparecimento da garota, viu a mensagem de um homem no celular dela. Disse que chegou a falar com o desconhecido pelo telefone ao se passar pela filha e o tal homem, pensando que estava falando com a garota, questionou-a por que ela não tinha fugido com ele em outra ocasião como haviam combinado. Rosalyn lembra que ainda tentou falar com a filha depois disso, mas a garota desconversou. Disse que a filha estava agindo diferente de uns tempos para cá.

Ontem à tarde ela ligou para o telefone da filha que teria atendido a ligação, mas alguém tomou o aparelho e não deixou que a garota falasse com a mãe. Rosalyn teme que a filha possa estar sendo mantida em cárcere privado.

Quem tiver informação que ajude a encontrar Kerolainy deve ligar para os telefones 0800 95 1000, 197 e 190 das polícias Civil e Militar.

Fonte: Folha de Boa Vista

Câmara vai realizar audiência para tratar sobre a crise financeira da Prefeitura

Vereadores aprovaram na manhã desta terça-feira (05) requerimento convocando todos os secretários municipais para audiência pública que acontecerá na próxima quinta-feira (7).
O objetivo da audiência é buscar esclarecimentos sobre a real situação econômica e financeira da Prefeitura de Boa Vista e os setores comprometidos pela crise que o Município vem passando nos últimos meses.
Líder do Executivo na Câmara, o vereador Paulo Linhares (PP) esclareceu que serão convidados, além dos secretários, representantes do Ministério Público e Tribunal de Contas para que acompanhem a prestação de contas dos gestores e assim, a Câmara, como poder independente e autônomo, precisa dar uma resposta à sociedade.
Por outro lado, acrescenta o vereador, é de conhecimento de todos os obstáculos vivenciados pela Prefeitura com a queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), mas é necessário que haja um amplo esclarecimento por parte dos secretários com apresentação detalhada da realidade contábil municipal para que a população tenha uma resposta plausível, especialmente as categorias que são mais sacrificadas, como é o caso dos servidores municipais.
Mauricélio Fernandes (PSC) defende que os vereadores cobrem da Prefeitura um plano de cargos e carreira para todos os servidores municipais e corrija as injustiças que são constatadas em alguns setores com pessoas exercendo a mesma função, mas recebendo remuneração diferenciada, promovendo igualdade.
Segundo o presidente da Câmara, Braz Assis Behnck (PPS), os vereadores, como agentes políticos entre o povo e a Prefeitura, precisam cobrar que a Prefeitura apresente um diagnóstico detalhado e amplo da crise para que vereadores, Prefeitura e a sociedade organizada possam encontrar uma solução que minimize o impacto dessa crise; estabeleçam prioridades para que setores essenciais não sejam penalizados com os cortes e ajustes financeiros, como é o caso dos salários dos servidores.

 
Fonte: Jornal Roraima Hoje

Grupo anuncia ''fim do mundo''

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Um novo alerta apocalíptico chegou ao País com um aviso: o fim pode estar mais próximo do que se imagina. Um grupo cristão dos Estados Unidos, com representantes em Belo Horizonte, está rodando o Brasil para divulgar a tese de que o juízo final está marcado para 21 de maio - e não para 2012, segundo a popular profecia feita pelos maias.

Com propagandas até nas traseiras de ônibus, evangélicos da Family Radio fazem malabarismo com números e datas da Bíblia para garantir que há provas de que o mundo vai acabar nos próximos meses. No Rio, um grupo vestido de branco circulou pelas ruas do centro com placas que alertavam para o fim do mundo. Há semanas, ônibus regulares circulam com os enigmáticos dizeres "21/05/2011: Deus vai trazer o dia do julgamento".

A previsão bíblica foi interpretada pelo americano Harold Camping, responsável pela Family Radio, que tenta emplacar um apocalipse pela segunda vez em sua carreira de profeta. Nos anos 1990, ele publicou um livro em que dizia haver "alta probabilidade" de Cristo voltar à Terra em 6 de setembro de 1994 para julgar os homens. Um grupo se reuniu em uma cidade da Califórnia para esperar o evento.

A sede brasileira da Family Radio fica no bairro de Nova Gameleira, em Belo Horizonte, tendo como atividade principal a divulgação da tese do fim do mundo. Um site em português explica passo a passo a matemática feita por Camping: o juízo final começaria 7 mil anos depois do grande dilúvio, que teria acontecido em 4990 a.C.

Criticado por cristãos americanos, o grupo já foi chamado de seita e Camping acusado de ser "falso profeta". A sede brasileira da Family Radio não respondeu aos e-mails enviados pelo Estado na manhã de ontem. 

Fonte: Estadão










Homicídio Idoso morre esfaqueado no 13 de setembro

Um homem foi assassinado a facadas no tarde de ontem no bairro 13 de Setembro. O crime ocorreu na rua Eldorado, tirando a tranquilidade dos moradores que há algum tempo não ouviam falar de homicídio no bairro. A vítima foi Geraldo Naier Canto de Souza, 65. Um suspeito foi detido por policiais militares e apresentado no Plantão Central 1 da Polícia Civil, no bairro Pintolândia.

O delegado plantonista Volmir Vargas disse à Folha, por telefone, no início da noite, que o suspeito seria liberado porque não havia ficado confirmado que ele era o assassino. Disse que as testemunhas ouvidas pelos agentes da Delegacia Geral de Homicídio (DGH) apontaram outro suspeito. Antes de ser liberada a pessoa iria prestar depoimento.

As circunstâncias do crime também não estavam totalmente esclarecidas, segundo o delegado. Os agentes da DGH apuraram com testemunhas que vítima e assassino discutiram. Ambos eram chamadas no bairro de “pés inchados”, expressão atribuída a pessoas que bebem excessivamente. O motivo da discussão seria por causa do furto de dinheiro, porém não ficou esclarecido quem acusava quem.

A discussão ocorreu nas dependências de um bar, onde a vítima já estava quando o assassino chegou. Depois de ter sido esfaqueado, Geraldo ainda saiu correndo para a rua, mas logo caiu sem vida. O assassino aproveitou o tumulto para fugir. Policiais militares e agentes da DGH seguiram realizando diligências para tentar encontrá-lo, sem sucesso.

O corpo de Geraldo foi removido ao Instituto de Medicina Legal (IML). O trabalho dos peritos para realização do exame cadavérico que vai determinar a causa da morte só será feito esta manhã. Até o início da noite de ontem, nenhum familiar da vítima compareceu ao instituto para providenciar a liberação do cadáver. 

Fonte: Folha de Boa Vista

Feriadão da Semana Santa faz aumentar procura por pacotes

NEIDIANA OLIVEIRA
neidiana@folhabv.com.br

Faltando aproximadamente duas semanas para a Semana Santa, os roraimenses que pretendem viajar precisam estar atentos, pois a venda de pacotes turísticos está intensa e os preços irão aumentar com proximidade da data. Enfatizando que alguns destinos não possuem mais vagas até o final do mês.

Muitas pessoas vão aproveitar o feriado prolongado, que começa no dia 21 e se prolonga até domingo de páscoa, 24, para viajar com a família ou com os amigos. As empresas de turismo da Capital oferecem pacotes turísticos para os mais diferentes destinos do país e do mundo.

Os roteiros preferidos pelos roraimenses estão no Nordeste devido às praias. Fortaleza (CE) é o mais procurado. Em seguida vêm Natal (RN), Salvador (BA) e Recife (PE).  “Esses locais devem receber o maior número de visitantes no feriado”, disse a agente de viagem Rhonda Ann Carrington.

A procura por pacotes turísticos para o exterior também está em alta. Em uma agência, por exemplo, já não há mais vaga para os Estados Unidos. “Mas ainda há vagas nos voos para a Europa”, completou a agente de viagem.

Rhonda Ann acrescentou que entre os roteiros nacionais também se destacam as capitais: Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Já as preferências nos destinos internacionais estão: Buenos Aires, na Argentina, e Santiago, no Chile.

COMPRA ANTECIPADA BAIXA O PREÇO

A compra de pacotes com antecedência oferece preços mais em conta. Por exemplo, o pacote de sete dias para Fortaleza estava sendo vendido no começo do mês no valor de R$ 1.800,00, por pessoa. Hoje o mesmo pacote está saindo em média R$ 2.900,00. “Os valores variam de acordo com a lotação do voo”, explicou a agente de viagem.

Entre os destinos mais baratos e que por enquanto estão tendo vagas destacam-se o Nordeste e o Sul, mas Rhonda lembrou que no Sul está chovendo muito, por isso muitas pessoas estão evitando ir para lá.

A maioria dos passageiros vai embarcar no dia 19 com retorno no dia 25. Todos os pacotes, tanto nacionais quanto internacionais, estão incluso passagem, hospedagem, transfer e o citytur. “Lembrando que para comprar pacotes turísticos são necessários no mínimo duas pessoas”, frisou Rhonda Ann.

Após detectar pane em radar, avião volta para aeroporto no Rio

Voo da Delta seguia para Atlanta, nos Estados Unidos.
Pane em radar meteorológico impediu continuação de voo.

Um voo da Delta Airlines, que partiu do Rio de Janeiro com destino a Atlanta, nos Estados Unidos, foi obrigado a retornar na madrugada desta segunda-feira (4) ao Aeroporto Tom Jobim, na Ilha do Governador, após ter sido registrada uma pane no radar meteorológico.
Segundo informações da Infraero ao G1, a aerovane havia decolado às 21h36 de domingo e, quando estava próxima a Brasília, teve de cancelar o voo e voltar para o Rio de Janeiro, pois a falha detectada no radar impediria o sobrevoo na Amazônia.
O avião pousou no Aeroporto Tom Jobim à 0h44. Antes de aterrissar, porém, a aeronave despejou o combustível no mar.
A Delta informou, segundo a Infraero, que um novo voo para Atlanta está previsto para as 12h desta segunda-feira (4). Os passageiros foram levados para o hotel Guanabara, no centro do Rio de Janeiro. No total, 123 pessoas estavam a bordo do voo.

Do G1, em São Paulo, com informações da Globo News

PM do Amazonas afasta major por suspeita de tortura

A Polícia Militar do Amazonas informou neste domingo que afastou o comandante da companhia de Coari, major Claudenir Barbosa, um cabo e quatro soldados para investigar uma acusação de tortura contra dois adultos e dois adolescentes.

Este é o terceiro caso de afastamento de policiais por agressão contra civis desde o dia 21 de março, quando um vídeo, divulgado na internet, mostrou imagens de um garoto de 14 anos sendo alvejado à queima-roupa por policiais.

Sete policiais envolvidos na agressão contra o adolescente foram afastados e estão presos. Uma semana depois, o comandante-geral da PM, coronel Dan Câmara, foi demitido.

Na sexta-feira (1º), outros quatro policiais foram afastados sob suspeita de tortura contra um jovem de 18 anos.

O caso de Coari (a 370 km de Manaus) aconteceu no domingo passado. Segundo a investigação, após uma partida de futebol dois jovens e dois adolescentes se envolveram em uma briga. Dois soldados que atenderam a ocorrência foram agredidos por eles, segundo a polícia.

O comandante de policiamento do interior, coronel George Catete, que viajou para Coari, disse que o major Claudenir Barbosa levou mais cinco policiais ao campo de futebol e prendeu os dois adultos e os dois adolescentes. No caminho da delegacia, eles foram torturados pelos policiais, segundo o comandante.

Os quatro foram espancados com cabos de aço e estão internados no hospital público da cidade, sob custódia da polícia.

A reportagem não localizou o major Claudenir Barbosa para falar sobre as acusações. Segundo a companhia militar de Coari, ele deve se apresentar amanhã no comando da capital com os outros cinco policiais envolvidos no caso.

Fonte: Folha de São Paulo